quarta-feira, 21 de maio de 2008

Soneto XVII, Pablo Neruda

Por incrível que pareça, só ontem vim assistir ao filme "Patch Adams", e só o fiz porque minha coluna não permitiu que eu ficasse no computador, como de costume. Cama nem pensar, ainda tenho bom senso, nada de ver novela das 7. Então vamos recorrer à sétima arte.
Meu amiiiiiiiiiiigo, que filme é esse, hein? A interpretação de Robin Williams, apesar de suas gracinhas por vezes não engraçadas, é sincera, comove de verdade. Foram tantas citações lindas que será preciso que eu reveja o filme algumas vezes pra poder anotá-las (uebaaa). Mas o que me chamou a atenção foi este soneto que ele lê para a moça da foto abaixo, Carin. Vejam só (resolvi postar em espanhol para ser fiel ao poeta, já que algumas traduções que encontrei mereciam, no mínimo, o adjetivo 'toscas'):




No te amo como si fueras rosa de sal, topacio
o flecha de claveles que propagan el fuego:
te amo como se aman ciertas cosas oscuras,
secretamente, entre la sombra y el alma.


Te amo como la planta que no florece y lleva
dentro de sí, escondida, la luz de aquellas flores,
y gracias a tu amor vive oscuro en mi cuerpo
el apretado aroma que ascendió de la tierra.


Te amo sin saber cómo, ni cuándo, ni de dónde,
te amo directamente sin problemas ni orgullo:
así te amo porque no sé amar de otra manera,


sino así de este modo en que no soy ni eres,
tan cerca que tu mano sobre mi pecho es mía,
tan cerca que se cierran tus ojos con mi sueño.

2 comentários:

Niaranjan disse...

Neruda é muito bom, e o filme também é belissímo...
Estamos aqui...
Niaranjan

P.S. Tem post novo no coletivo, da uma olhada

Cla disse...

Aff esse filme é lindo demais.Sempre que vejo,choro! hehe
E esse soneto de Neruda entao...ai ai! hehe Tenho um livro com sonetos bem traduzidos dele,se tu quiser empresto depois.
=*